Aos alunos do 11° ano do curso de humanidades dos Salesianos de Manique (2024/25) foi proposta uma visita de estudo a Madrid. Realizada esta visita, concluo que sem dúvida valeu a pena!
Em primeiro lugar, o caráter educativo da viagem (encaixando-a inequivocamente na definição de visita de estudo) é inegável. Todos os lugares que visitamos foram contextualizados historicamente através de explicações breves e extremamente eficazes. Tirar uma dúvida era tão simples quanto apontar para um pedaço de arquitetura, estátua peculiar, obra de arte e simplesmente perguntar!
Isto resulta porque torna a aprendizagem profundamente intuitiva e interativa, isto é exacerbado quando estamos efetivamente dentro de um museu. O guião que preenchemos no Museu Thyssen-Bornemisza, por exemplo, permitiu uma reflexão literalmente em frente aos quadros. Assim, o impacto destas obras foi sentido de forma incomparável a uma atividade parecida em sala de aula.
Portanto sim, numa perspetiva educativa, a viagem teve sucesso. No entanto, existe outro lado impossível de não mencionar: o lado social.
Efetivamente, viagens como esta, apesar de infelizmente (na maior parte das vezes), não incorporarem as turmas inteiras, são grandes agentes a favor da criação de laços entre colegas de curso, não só da mesma turma!
Os alunos, numa viagem como a realizada, são sujeitos a situações cuja companhia é sempre uma garantia. Nos tempos com os professores, quando o grupo está inteiramente junto, estamos sempre perto uns dos outros. Desta forma, existe uma experiência partilhada que, devido à sua eficácia educativa, será muito provavelmente conversada. A experiência partilhada desenvolve absolutamente todos os laços interpessoais dos participantes.
Em adição, eu diria que esta aproximação é mais notável ainda (apesar de em grupos mais focados) nos tempos livres. Pois agora o “turismo educativo” está nas nossas próprias mãos, e pessoas com os mesmos interesses (descobertos nos tempos em grupo), sem exceção, juntam-se e colaboram na exploração deste centro histórico à medida que aprendemos todos juntos, não apenas história, mas algo tão vital quanto: Autonomia.
Em suma, a viagem a Madrid do curso de humanidades foi um sucesso absoluto. Quer numa perspetiva educativa (devido à aprendizagem intuitiva e interativa inerente à visita de estudo), quer numa perspetiva social, sendo que a experiência partilhada estimula o desenvolvimento dos laços interpessoais dos alunos e igualmente a nossa autonomia. Valeu a pena!
Pedro Alves, 11° D, n° 19.





